Era como estar sozinha não estando. Em tempos como esse ela precisou morrer dentro dela pra aprender a viver o mundo do lado de fora. Porque agora é o momento das grandes revoadas e de passáros pequenos se tornarem gigantes. Andar devagar só pra não cair, só pra continuar andando. Somos o dom, temos esse dom de viver. Dizer 'tchau' pra todo aquele passado e sonhar! É assim quando a gente decide ser melhor. A música que invadiu o pensamento passou por aquele momento como um tufão de vento e se jogou ali diante dela. Agora a ampulheta do tempo foi quebrada e os graõs se tornaram sorrisos sozinhos e palavras não mais esquecidas e sim largadas na roda do tempo. A sorte de um realejo. A morte de mais um alguém.
Às vinte e três horas e vinte e três segundos, ela estava ali sentada e pensava só em voar, mas, não voar como os passáros porque ela aprendeu a voar como os anjos com um anjo. A noite não é pra dormir agora, é pra sonhar. Talvez sentir coisas sem explicar, imaginar quando não dá pra ver e rimar quando é só pra cantar. Um dia, uma noite ou mil madrugadas, não importa. "Liberdade e Igualdade" um lema, uma conquista que poucos acreditam. Ela acredita. Mas ela sente a insconstância dentro dela, como alguém que busca uma busca sem motivos. Rumos de rumos. Sentar e conversar horas à sós com si mesma. Olhar perdido na imensidão de um céu. O céu tinha as respostas exatas para suas indagações. Ela sabia, sentia. Ela aprendeu com a vida. Olhar pra fora dela. A batida de seu coração ecoou nos horizontes como um grito e sussurrou em si como a canção que ela nem sabia que sabia cantar tão afinadamente como os grandes músicos. Às vinte e três horas e vinte e três segundos nenhum minuto ou segundo a mais nem a menos, ela se mantinha viva um momento por vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário