Dia 34

Talvez um dia eu volte, talvez um dia eu queira estar lá novamente.
Mudei coisas de lugar, parei de me importar com pessoas que simplesmente não me queriam por perto. É assim, um dia todo mundo cansa e 'caí fora.'
Depois de tanto andar por esse caminho conheci pessoas. Vivi outras vidas além da minha vida com elas. Elas não me deram palavras vazias, elas me deram a mão, o amor e a esperança que já me faltava. Sentia-me sem direção e não me restava nem a ilusão. 
Aprendi muito disso tudo porque a sós não tem niguém sozinho. Caminhei. Aliás caminho até hoje. Faço meu caminho de estrada em estrada, vivo livre de mim mesma é como se todo aquele passado pesado tivesse se desprendido e voado pra longe como a brisa suave que toca meu rosto e sobressai em meus cabelos. E não precisei de muito, não preciso de nada. E nas tardes que penso em voltar, sento a beira dessa velha estrada e vejo o quanto cresci diante da vida e o quanto diminui diante das pessoas. Não precisava ter sido assim, mas foi. E eu já nem sinto mais a dor e nem ódio que me acorrentava. E quer saber? Liguei meu botão de foda-se pra quem pensou que minha mudança era pura rebeldia. 
Um dia a gente precisa tirar férias da medriocridade e hipocrisia desse mundo. Um mundo onde os desajustados não têm espaço. Cansei de quem só fala e nada faz. O mundo não precisa de figurantes. Precisa de protagonistas!

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