Eu preciso dizer que às vezes eu me canso de coisas concretas, de coisas reais. Por isso recrio meus mundos, leio, escrevo, vejo imagens breves e retorno. O relógio tiquetaqueando de lá pra cá e daí? Eu viajo parada. Já li muitos livros e ainda busco ser bem mais do que fui, do que sou. Sei que sou milhões dentro de mim, existe um eu em cada terço meu. Guardo sentimentos como relíquias, talismãs. Me afugento lá longe, como uma lagarta dentro de seu casulo no cume de uma montanha, pronta pra virar a mais vistosa das borboletas.
Ao contrário de muitos prefiro viver na simplicidade e que essa simplória coisa toda seja minha. Meu mundo.
E enquanto o mundo vive de irônias. Eu vivo de sonhos singelos na minha nuvem ou na constelação que criei. Talvez, sorrisos sejam palavras... palavras que nem todos precisam entender só sentir.
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