Dia 128
Parecia uma noite qualquer, nada demais nem de menos. Uma cidade, estação de metrô, pessoas a espera de um vagão com um vago espaço pra elas. Nada de mais. E eu ali. Por fora uma pessoa como qualquer outra com seu fone de ouvido esperando o tempo passar. Por dentro uma busca inconstante de mim. Uma vontade avassaladora de fugir, correr, correr e chegar a lugar algum. Uma noite qualquer, chegada na estação, terminal de ônibus, pessoas e uma fila gigantesca a enfrentar, vamos lá! Pronta a partida, entrada, porta do coletivo, olhei e reolhei aos lados como se esperasse alguém. Quem? Nem eu sei. (Talvez meu intimo queira dizer baixinho). Um banco do coletivo, uma janela espaçadamente aberta a me seduzir. Uma noite do cotidiano, nada demais e eu. O vento, a velocidade e o movimento do coletivo nem me importam mais. Por fora um alguém com fones de ouvido. Por dentro um som altamente gritante em mim. Uma mesma música repetidas vezes na playlist e eu. Talvez o que eu deseje é que o vento despreze meus pensamentos pra bem longe de mim. Um alguém dentro de mim e eu. Meus pensamentos vão pra longe, voam, dão sobressaltos e eu fico sob as nuvens. A única coisa que eu sei é que quando penso em alguém (mesmo que nem saiba quem), é por você que eu sempre fecharei os olhos.
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