'Temo a eternidade'. E me disse uma velha senhora, enquanto estavamos ali sentadas no banco lustroso de tão gasto, daquela praça de esquina com uma rua. Banco esse no qual eu gosto muito de sentar para ler..
Engraçado como as frases ficam na nossa cabeça e como o rosto de quem as pronuncia também. 'Temo a eternidade'... Nem sei o nome dela, mas resolvi perguntar o por que. - Por que a teme, senhora? Ela disse então: - Porque, ela parece algo bom, é como mascar um chiclete por exemplo. Já notou como eles não têm fim? Uma pastilha cor de rosa que se desgasta e vai se transformando em uma massa, grudenta e cinzenta sem gosto de nada. Mas nunca se acaba. A eternidade deve ser um pouco assim também, por isso à temo.
Voltando pra casa viajei nessa de: 'temo a eternidade' . E vi, que tem sentido...
Então, comecei a viver um dia de cada vez e não mais encontrei a senhora, ela concerteza foi parar em algum lugar dessa tal eternidade que ela soube definir tão bem pra mim e a qual tanto temia.
Engraçado como as frases ficam na nossa cabeça e como o rosto de quem as pronuncia também...
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