Dia 173

Eu preciso dizer que . Eu amo olhar nos olhos. Quero dizer também que não sou um super-herói e nem tão pouco a mulher maravilha mas, sei ser forte.
Teve alguns momentos que eu fui tanto pelas pessoas e ninguém foi por mim. Não cobrei reciprocidade. Fui Grande. Mudei, cresci, criei, parti. Sonhei e fingi, só pra fugir. Só pra não me iludir mais nesse "nó" dos humanos mecanizados.

Dia 172


 Pássaros. Suas asas os levam pra longe. Sobrevoam vidas, pessoas e sonhos. Eu já quis ser assim feito vocês, afinal eu poderia levar minha tristeza pra longe e chegar logo do outro lado do arco-íris. Eu cansei de faces insensíveis e de pessoas não sinceras. Horizontes, enxergar do outro lado do oceano e não parar de bater as asas sobre nuvens coloridas feito algodão doce. Vento constante. Brisa suave e o perfume do céu inalcansável à quem nunca pôde possuir asas...
Vá crie vida! Vôe mas volte! Mostre-me como é ser feliz com os pés no chão e leve minhas angustias pra longe...

Dia 171

E aí cara, chega uma pessoa que não combina com você, mas que te faz bem. Que deixa te feliz só com um misero sorriso. Uma pessoa que enxerga tudo de um modo sem modo, com um jeito sem jeito mesmo. Que leva o mundo nas costas só pra te fazer rir e não se contenta com o contrario. Isso que vale. Coisas da moda, coisas de política não é assim que tratamos dos nosso negócios. Tem que ser diferente, especial todo dia. Romantismo? Talvez, isso ajuda um pouco. Confiança? Sempre melhor mantê-la por perto. Mas isso não é o tudo, porque a melhor parte é quando você leva um esbarrão da vida e uma pessoa aparece dizendo: "Eu adoro seu sorriso e a forma como posso ver o 'nosso' mesmo perto, mesmo longe."

Dia 170

Existem momentos em que ser forte é a melhor pedida. Seguir adiante, trilhar um rumo, formar uma estrada. 
Eu, já pensei igual à muitos mas, esse 'muito' jamais conseguiu refletir a metade de mim. 
Os homens têm essa mania de viver em carcere de tudo. Seja de um ciclo de amigos à uma propaganda de T.V. Nada demais, nunca têm esse mais! Parece sem sentido essa bobagem que eu disse acima mas, o que mais quero é tocar o seu coração com minhas palavras. Chegar mais próximo mesmo de você do outro lado da tela. Te fazer pensar que existe um céu além desse nosso céu.
Pontos cruzados, linhas cortadas e alguns amigos pra contar todo dia. O que você precisa é de um batuque diferente aí dentro, uma batida nova pra ver o mundo não como ele é, mas sim como o seu coração quer te mostrar. Tudo caminha a favor quando deixamos fluir, mesmo com medo, mesmo na dúvida.. mesmo na perda ou mesmo nas palavras duras. Cativar é o ideal.
Eu aqui escrevendo, busco cativar você e ser eternamente responsável por isso. Talvez num planeta distante daqui o mais natural é cuidar das pessoas e eu aprendi um pouco mais disso. Aprendi a ser, a cuidar e a cativar tudo a minha volta. 
O mais importante está bem aonde os nossos olhos não podem enxergar.
"O essencial é invisível aos olhos" - Pequeno Príncipe.



Dia 169

Falar de amor é muito fácil, transbordar a boca de palavras perfumadas também. Mas, e o sentir? E o encaixe perfeito de duas metades? Cansei das hipocrisias do mundo. Você apequenou-se pra caber dentro de mim, é isso que me importa. 
Cansei de valorizar as coisas mundanas. Só por que eu desenho o mundo de um modo diferente e menos grosseiro que o seu não quer dizer que somos distintos, talvez seja essa tal questão de amor mesmo. Amar é fácil acontece que todos estão tão arraigados nas futilidades que desaprederam a sentir a sutileza desse toque.

Dia 168

Olhos que cegam, pessoas que não vêem como eu vejo. A minha tela, o meu universo. Paralelismo gratuito pra quem quiser viajar. Disposição pra sonhar, acordar e viver sempre assim. É o tato, coisa de pele mesmo, coisa de raios, ondas cerebrais. Uma porta, um ponto e nada planejado. Algo que nos puxa pra mais perto e nos leva pra universos que não precisam ser grandes para serem belos.
Se quiser, posso andar de mãos dadas contigo. Se sentir perdido é normal num primeiro instante. Inconsciente. Um toque e tudo antes invisível transpareceu a nossa frente, perto, próximo, nosso universo inteiramente paralelo.

Dia 167

Pedi para ter mil armas e só me deram as mãos. Pedi para não pertencer a esse mundo e me deram a imaginação. Pedi para ser mais feliz e me deram um coração. Eu notei que esse mundo não passa de uma grande prisão, gaiola de sonhos, sentidos e palpitações. " E o que a gente perde quando os piscam?" (Teatro Mágico). 
Andamos em constante procura daquilo que nem sabemos o que é ou o que significa. Por que não temos asas? Acho que seria maneiro se pudéssemos voar pra longe um pouco ou, ao menos sobrevoar nossos miseráveis problemas... Por que a gente não pára um pouco de olhar pro nosso próprio umbigo? Por que não conquistamos um amigo? São essas perguntas e certas oportunidades que desaparecem enquanto os olhos piscam. 

Dia 166


Meu Deus! É tão bom acordar e ter esse imenso teto azul pra admirar. É aquela sensação de olhar e sorrir feito boba. E nem é um sorriso interno, é aquele sorriso forte  mesmo, alto e que se solta dos lábios mesmo que a gente tente prendê-lo, mesmo que a vida não esteja tão boa, mesmo que tudo se volte contra mim, eu quero sorrir assim mesmo que eu não precise. Eu sei que se eu quiser esse céu inteiro vai me pertencer e guardar meus passos onde quer que eu esteja ou de quem ande comigo. 

Dia 165

Me pediram uma definição pra amizade e eu disse Yasmin. De verdade, você é a primeira de todos amigos que cativei. Ufa! Doze anos uma suportando a outra, haja história! Um domingo qualquer e nós sentadas no seu quarto vendo fotos velhas e as nossas poses estranhas, tanta coisa pra rir. 'Lembra do meu aniversário de treze anos?', você disse. Os nossos acampamentos no seu jardim e as histórias de terror que a gente criava na mesma hora. E a aquela sexta 13 que a gente assistiu filme de terror lembra, lembra? Virou comédia. Aliás o que não vira comédia né Min? Até hoje grito no seu portão assim. Não foi necessário nenhum pacto de amizade nada disso precisou... 
E os dias passam, eu não me esqueço da nossa primeira conversa e nem das nossas brigas sem noção. Eu tinha oito anos e você sete, julho de 2000. E a vez que a gente foi inventar de soltar pipa? E aquela outra que queriamos andar de skate? Tanta história! Eu te empresto minha mãe e se precisar você empresta a sua. Eu sei. Você conhece todas as minhas feições e eu as suas. Sem mais nem meio mais. Eu conto aqui o que me faz bem, o que me deixa feliz. Até hoje a gente mesmo sem se ver dá um tempo pra perder tempo no portão com nossas conversas á toa e sem noção. 
É doido mas, quem nunca teve uma amizade assim? 
Independente do tempo ou das confusões das palavras. Independente do modo ou distância. Independente se vamos casar só daqui á 50 anos ou ficar solteironas conversando até altas horas ou jogando video game. Independente dos nossos gostos ou gestos estranhos. A gente se conhece. A gente sabe e sente que qualquer coisa nesse mundão aí vale menos do que o que a gente construiu e ainda constrói todos os dias.