Dia 148

Vazio. Há um vazio dentro de mim. Coisas que nem sei explicar, sinto-me neutra e nada mais me atinge. Talvez seja uma artemanha que meu subconsciente tenha pra me proteger ou talvez seja meu anjo da guarda, não sei. Nem ar tenho mais. Vida, tenho. Liberdade pra prestar contas somente. 
Meu coração nem o ouço mais tiquetaquear. Estou adormecida por dentro. As belezas do mundo estão se esgotando e o tempo como gostas de orvalho ou uma ampulheta se esvai... e vai, e vai. Como claves perdidas ao vento; como a chuva que não molha mais. Eu vou acordar eu sei que vou. Sem omissão o vazio se transformará numa bela canção.

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