Dia 326

Dos 22 anos

Pra que inventar
A vida é isso,
ponto.

E todo dia a gente chega mais longe
Essa era pra ser a idade do: estar terminando um curso, trabalhando e namorando;
Mas não, isso é tudo hipotético.

Nessa hora você já aprendeu muito bem o certo e o errado.
Gosta de arriscar e sabe que tem que arriscar mesmo.

A vida é isso,
ponto.

Vinte e dois anos nem é tanto tempo assim.
É o fiozinho de vida que você acabou de começar a viver por si só.

E daí você nem se deu conta, mas amadureceu.
Agora ouve bem mais do que fala.

Aprendeu a rir de você mesmo (se é que já não fazia isso antes, como no meu caso)
E não quer ficar parado um só instante.

É certo que as vezes parecemos ser mais velhos do que nossos pais.
Eles às vezes parecem adolescentes e alguém tem que por ordem na casa.

Já sabe apreciar um bom vinho e ter uma conversa interessante com qualquer um.
Ama chuva, o barulho dela te acalma.

Sem invenções,
ponto.





Dia 325

Um brinde

Do barulho que os talheres fazem.
Das taças ainda reluzentes e das luzes acesas.

De mim mesmo ou de ninguém.

Bukowski, Moraes, Meireles, Machado e Quintana, estão na mudança.
Presentes em caixas ou em vidas.

Do brinde que fiz 
Dos que estão sempre comigo.

Das palavras
E dessa dança muda.

Do peso
Mas principalmente dos pesares.

Do riso solto
Do amigo..

De um conjunto de aplausos
Das minhas idas e vindas.

Da mu-dança do nome e do que está por vir.

Estou aqui novamente,
Sempre.