Dia 185

Ensaiou e voltou. Fez dança, brincou acima das nuvens, foi além do que os olhos podem ver. É como escrever com o corpo e deixar o cérebro em standby. Recolher-se amplamente para o mundo. Pensamentos são como peso que nem pesa ou de tão densos podem nos derrubar. O que vos digo aqui caro leitor, não tem forma nem freio, é utopico e real, é dia é noite, é o moderno e antigo. Revirou-os por completo e ainda assim causou estranhamento no mundo. Silêncio de cinco segundos como se querendo ter asas pra brincar além do que os olhos mortais podem ver. A imaginação faz isso, brinca de roda com os pensamentos e nos faz voar mesmo que sem asas, só pra respirar um pouco longe dessa poluição mundana que nos faz viver automaticamente em standby.

Dia 184

Dia 183

E hoje eu resolvi resolver minha vida. Ficar aqui dentro do meu mundo. Fechar os olhos e viver na eterna folia da alma. Por que ter uma alma leve e livre de pesadelos é tão complexo... Complementar, completar o que complementado está. A parte da alma que foge da sociedade, todo mundo tem isso. Sabe, as vezes queria ter um óculos com uma lente capaz de enxegar mais dentro das pessoas, mais perto da alma.  O nosso espelho ou os olhos como dizem podem camuflar. Sociedade sociealmente cruel e dura. É isso. E a gente ja nasce obrigado a viver esmagado contra a parede, para que essa tal sociedade não nos engula. É uma gula que a sociedade tem de nos corromper. Maciçamente e passivamente. Foi só por isso que hoje eu resolvi resolver minha vida. Afinal, por que ter uma alma leve e livre de pesadelos é tão complexo?

Dia 182

Os maiores monstros se encontrão em nossa mente, presos em nossa conciência. A mente que mente. E lá vamos nós fustigando-nos com palavras duras.

As coisas estão tão bonitas e tão boas que dá até medo, certo? Incerto. Tão incerto quanto não sabermos o que um dia nublado pode nos reservar. E o revés da vida eu revirei para o meu lado. Só pra rir mais e ir além de mim mesma. E os maiores monstros estão aí dentro da sua mente, presos na sua consciência.